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#04: maio - a vida adulta é uma mentira
sobre desenhar círculos & ouvir kpop
nessa EDIÇÃO:
a vida adulta é um saco;
fechar círculos é uma tarefa para os fortes;
espiadinha no meu projeto atual;
#ADMIRÁVELILUSÃO
Antes de começar essa newsletter, eu queria recomendar coisas, sendo uma delas o livro novo da minha amiga pessoal e íntima (e best-seller!) Denise Flaibam: Vigilantes e multiverso do Caos.

Acompanho a Denise já faz anos: antes como leitora e hoje em dia como amiga. E é muito louco como o mercado tira, mas também nos dá — a amizade que construí com Denise é algo sincero, querido e eu tenho tanto orgulho dela.
Estou feliz demais com esse lançamento, pois vi os contos nascerem de maneira despretensiosa, e também vi o processo desse romance. Sei o quanto foi difícil para a Denise trabalhar em um texto mais longo com essas personagens e perdi as contas de quantas conversas tivemos sobre expectativas (risos). Dito tudo isso: tive a honra de trabalhar na revisão desse livro, além de fazer a leitura beta dele, e gostaria de apenas reafirmar que ele é maravilhoso. As personagens, o plot, tudo. É um livro incrível, redondo e bem escrito.
Denise é uma escritora de carreira, entende o quanto estudo e escrita criativa são importantes para todo mundo que escreve. Você consegue ver o cuidado dela em cada uma das coisas que escreve. Com Odete e Helena não foi diferente!! Recomendo demais o livro para todo mundo que ama uma boa aventura, romance entre garotas, personagens cativantes.
Além disso, tá rolando brindes para quem avaliar o livro e um sorteio SUPER legal para todo mundo que comprou o e-book.
Vocês podem acessar tudo sobre essas ações aqui.
Uma boa leitura!
O QUE ESTÁ TOCANDO NA MINHA PLAYLIST NOS ÚLTIMOS DIAS
Lembrei das minhas origens de kpopper e estou ouvindo algumas músicas que já tinha curtido antes, mas agora estão no meu repeat de maneira obsessiva. Infelizmente tenho momentos e Momentos.
Quando eu era mais nova gastava mais tempo com fandom de kpop e ouvindo tudo, de todo mundo (ao mesmo tempo, em todo lugar). Hoje em dia eu ouço com mais cautela (e gastando menos dinheiro com álbum de kpop também).

XG — Shooting star
Taeyang (feat. Lisa) — ‘Shoong!
Kai — Rover
NewJeans — OMG
Twice — Talk that talk
iKON — U
Stray Kids — Maniac

Ainda no tópico música: fiz uma playlist (provisória) da minha história nova e vou deixar o link aqui para quem quiser seguir ela no Spotify.
Enviei um conto na última newsletter, que é uma espécie de prelúdio dessa novela (que estou chamando de Civy, no momento). Assim como todas as minhas ideias, eu venho trabalhando nessa já faz anos. Quando escrevi Uma noite inesquecível eu tinha planos mais ousados o que não é nenhuma novidade.
Graças a isso, uma das protagonistas dessa novela aparece em UNI e, apesar de eu nunca vender minhas histórias como universo compartilhado (acho meio brega essa ideia de “alguémverso”), eu realmente gosto das ideias de alguns mundos coexistirem — até porque a vida real é isso: vidas se entrelaçando e cada um trilhando seu caminho, cada um sendo o protagonista da sua própria história.
Alguns spoilers dessa novela para quem tiver interesse:
ela é sáfica: o romance é entre garotas;
é uma fantasia de porta;
garotas monstros, portas mágicas, flores: são as palavras-chaves dessa história;
a capa já está sendo feita!!!!!!!!!
Estou LOUCA para falar mais sobre esse projeto, mas acho que ainda não é a hora. Vou dando updates em tempo real nas minhas redes sociais (se eu lembrar (risos nervosos)).
HORA DA FANART!
Escrever é uma loucura. Tipo, MUITO mesmo. Um dia você está escrevendo fanfics sozinha no seu quarto. Dez anos se passam. Então você coloca um livro no mundo.
E então… ganha fanarts dele.
Coração morto ganhou não apenas uma, mas duas fanarts, de uma artista que eu sou completamente apaixonada, a Cosmikla, e eu tô assim… segurando o choro na garganta.
Trabalhei com a Cosmikla no meu romance anterior, o livro dos Kadrico, e chamei ela para o projeto de Cianeto também; amo a arte dela, as cores, o traço. Foi uma honra e uma alegria tremenda ganhar fanarts da minha ilustradora “oficial”, sério.
Um beijo Cosmikla.

duas cenas de “coração morto”, ambas pela @cosmikla
Também ganhei uma fanart da Noemi, uma amiga e leitora muito querida!!! Eu não estava esperando e foi uma surpresa tão grata, me deixou tão sensível. Um abraço apertadinho para a Noemi, que é sempre tão gentil comigo!!

Celeste pelas mãos da Noemi. Ela também fala de livros no instagram: @nohlivros
Por fim — mas não menos importante — ganhei fanarts de Duca: pessoa incrível e maravilhosa que fez as artes dos brindes de Coração! Novamente: eu não estava preparada!!! Duca é incrível, profissional excelente e amo quando trabalhamos juntas. Fiquei MUITO feliz com essas artes, as cores, tudo. Dá vontade de dar uma reboladinha sozinha, quando ninguém está olhando.
Beijos Duca!!!

Celeste pelas mãos de @ducapb (de novo!!!)
alexa toque “this is me trying” da taylor swift
Essa newsletter está mais focada em blocos do que eu gostaria e existe uma razão por trás disso: estou terminando meu TCC. Isso significa que estou encerrando minha graduação de…muitos anos… finalmente.
Isso também significa que a minha cabeça não anda funcionando normalmente. Parece que eu fico dando voltas no mesmo lugar, o tempo todo. Eu não estou conseguindo ler, ou assistir séries, ou sair direito com as pessoas que eu gosto. Sei que é uma temporada de sacrifícios por um bem maior, mas nossa, isso é exaustivo.
Esse processo não está sendo só encerrar meu semestre, mas basicamente encerrar meus ‘early twenties’, o comecinho da minha vida adulta. E isso está me deixando um pouco atolada de coisas, de pensamentos e eu tenho problemas fechando círculos — quando Selena Gomez cantou “I never know when enough is enough" ela me tocou em um lugar muito sensível, porque essa sou eu inteirinha.
Minha graduação (em Letras, por sinal) foi repleta de altos e baixos (que não valem a pena serem ditos nessa news). Eu era uma pessoa imatura, às vezes impulsiva demais, às vezes desconectada demais com as coisas ao meu redor — mas nunca inteira. Eu estava o tempo todo procurando um lugar para me encaixar e poucas pessoas falam sobre como é desesperador isso. Ou talvez até falem, mas, de novo, eu estava desatenta demais. Eu tive sorte de encontrar amigos incríveis e sou muito grata a eles, que sabem exatamente quem são.
Mas foi tudo tão difícil e, alguns momentos, eu paro e fico pensando uau. As situações de insalubridade que passei, sem falar das cirurgias que tive que fazer (que foram um número maior do que eu gostaria) no meio de todo esse processo.
Acho que, graças a essas sentimentos e essas oscilações, sinto que não dei meu 100% no curso que eu mesma escolhi e, às vezes, isso me consome. Mesmo terminando, parece que eu falhei. Um pouco disso, pode vir do fato de que eu sempre acho que não fiz o suficiente — e esse sentimento não só é horrível, como me engole em todas as decisões que tomo sozinha, para mim mesma… por mim mesma.
Não sou boa com encerramentos de ciclos porque eles abrem novas portas e, apesar de sempre ansiar por novidades, eu tenho muito medo de mudanças. Principalmente de mudanças que vão mexer radicalmente com a minha rotina e com meu ritmo de vida. Já tive longas conversas sobre isso com a minha psicóloga e sempre voltamos para esse mesmo ponto, esse medo de terminar de desenhar os círculos, de encerrar questões de anos.
Sou uma pessoa muito apegada ao que eu conheço.
Durante meus longos anos de graduanda tive momentos em que fui demais e momentos que fui de menos. E, apesar de amar a área que escolhi estudar (sou inteira uma Criatura da Literatura), eu ando meio cansada da vida acadêmica e de como ela é meio…. ingrata.
Enfim. Questões da área.
Espero terminar essa fase meu-deus-não-aguento-mais-meu-tcc em breve, para voltar a me sentir um ser humano funcional, capaz e apaixonado pelo que faz e pelo que escolheu como ambição de vida (escrever histórias e tal). Sei que não estou sozinha nesse momento e tenho pessoas maravilhosas me acompanhando e me empurrando na direção do placa sinalizadora em neon que diz “FINALMENTE formada”’, mas tem algumas coisas que é melhor a gente desabafar no teclado. Né?
Prometo trazer notícias empolgantes e reclamar de questões sobre escrita na próxima newsletter.
Vou me despedindo por aqui.
Com carinho, mas um tico cansada,